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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Amadorismo de sites impede crescimento de empresas

Coloco aqui uma reportagen que foi publicada pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, sobre um problema que atinge de forma gigantesca o mercado, não só na área de web, mas no mercado da Comunicação em geral.

A inclusão digital já foi uma preocupação generalizada. Quem não se lembra de que, quando os computadores por aqui chegaram, algumas pessoas tinham medo deles? Hoje, ninguém duvida de que a internet é parte essencial do dia-a-dia nas empresas. E, quando se fala em inclusão digital, refere-se às classes mais baixas da população, que tem pouco ou nenhum acesso à internet. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população brasileira é recordista mundial em tempo gasto na rede, com 14 horas diárias, informou o site InfoMoney.
Mas há uma contradição nessa história. Segundo pesquisa do NIC.br, Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br, 95% das organizações com dez ou mais funcionários possuem computadores e 92% têm acesso à web. Se a internet já é uma realidade no mundo dos negócios, por que menos da metade das empresas tem um site?
"A percepção da importância dos websites é, muitas vezes, subestimada, quando, na verdade, a oferta de recursos é ilimitada e a lista de benefícios não pára de crescer, com o advento de novas tecnologias e o aumento do número de empresas e consumidores com acesso à rede", explica o diretor-geral da Kyu Design Gráfico, empresa especializada em soluções visuais e criação de sites, André Shibata.
Internet deve ser usada para gerar negócios. O uso da internet visando à geração de negócios ainda é muito baixo no Brasil. Entre as empresas que possuem página na internet, 48% disponibilizam preços e catálogo de produtos e serviços para os consumidores, 34% oferecem suporte pós-venda, 23% aceitam pedidos e reservas de produtos e serviços e 10% possuem recursos para transações completas e meios de pagamento via web.
A discrepância do ponto de vista dos negócios é que os números mostram um ávido exército de consumidores circulando nas páginas da internet e, ainda assim, mais da metade das empresas não possui um espaço na internet. Entre as que possuem, 37% não apresentam nenhum dos recursos pesquisados.
E há o agravante de o amadorismo predominar na rede. "O proprietário do site deve respeitar algumas regras para que a ferramenta seja utilizada de forma positiva. É preciso apresentar uma imagem séria e profissional, que espelhe credibilidade, manter canais de comunicação com o consumidor e conhecer o comportamento do potencial cliente virtual, para saber criar oportunidades, e corresponder às expectativas", afirma o diretor da Kyu Design Gráfico.
Priorize a interaçãoA maioria das empresas que busca uma empresa especializada em construção de sites tem em mente um produto institucional, que acaba limitando o potencial de interatividade com o consumidor. "Garantir o feedback das dúvidas, sugestões e reclamações em tempo hábil é importante para garantir a fidelização dos clientes . O sucesso de um site pode ser resumido pelo tripé: navegabilidade, objetividade e visibilidade", acrescenta ele.
No Brasil, 45% das empresas que possuem site, ou seja, menos de um quarto do total, fazem vendas pela internet. Mas possibilitar uma transação de venda completa na internet é um dos recursos que o empresário deve buscar, garantindo a compensação do investimento.
De acordo com o NIC.br, com a venda pela internet, 74% das empresas obtiveram redução dos custos dos negócios, 71% agregaram mais qualidade para o consumidor, 69% tiveram o tempo de transação comercial reduzido, 58% registraram vantagem na equiparação à concorrência e 49% conseguiram aumento do número de vendas e de consumidores.

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